quinta-feira, 27 de julho de 2017

Para cumprir a obrigação diária de escrever.
Sabe, eu nunca gostei das obrigações. Ainda mais em matéria de algo que deveria ser um exercício de libertação da alma, como é a escrita. Mas, sei lá, eu até consigo entender - agora - que realmente preciso forçar a inspiração. Caso contrário, daqui a pouco faço setenta anos sem ter escrito nada.

Em certo sentido a Língua Portuguesa é uma cadeia. Veja, inclusive para escrever a sentença anterior, acabei tendo de recorrer à pesquisa googleana para elucidar: escrevo "Língua Portuguesa" ou "língua portuguesa"? Descobri que o Novo Acordo Ortográfico (até onde a minha paciência de pesquisar me permitiu ir) deixa o uso de maiúsculas/minúsculas nesses casos ao gosto do escritor. Acabei, por fim, adotando a minha ideia inicial de como redigir a expressão (seja o que Deus quiser). É essa a cadeia de que eu falava; muitas vezes a gente fica tão entrelaçado no apuramento da correção da escrita que acaba se perdendo do objetivo principal, que é a ideia que se deve/quer passar. A forma é a vestimenta, o conteúdo é a pessoa: vale mais a roupa ou a pessoa que a veste?

A solidão vicia.
Sou o maior conterrâneo e contemporâneo de mim.
Meu ego se acaricia,
sessões de uma autofagia sem fim.  


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